domingo, 31 de maio de 2009

Soneto do Desmantelo Azul

Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamose
vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
(Carlos Pena Filho)

3 comentários:

  1. Finalmente tu conseguisse fazer esse blog. Agora é só escrever e escrever... =)

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  2. Muito bom, Gerferson. Você está de parabéns!
    Estarei aguardando novas postagens.
    Abraços fraternos e sucesso!
    Andrêzza Martins............

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  3. Amigo, dá uma passadinha lá no meu blog que tem um lindo selinho pra vc, xeroooooooooo
    andrezza martins
    http://mickeylandiaonline.blogspot.com

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